Objetivos
- Identificar as motivações dos processos de mobilidade feitos por refugiados;
- Empatizar e humanizar os movimentos migratórios de refugiados;
- Reconhecer os argumentos utilizados na criação de obstáculos a refugiados e outros movimentos migratórios;
- Contra-argumentar o discurso contra os direitos humanos e direitos de asilo de refugiados.
Descrição
Momento #1
Colocam-se os participantes em círculo e mostra-se uma imagem de uma criança [ver a hiperligação] e pergunta-se aos participantes as seguintes questões:
- “Como acham que se chama?”
- “Qual é a sua idade?”
- “O que mais gosta de fazer?”
- “Esta criança faz-vos lembrar alguém?”
Seguidamente mostra-se uma nova imagem [ver a hiperligação] – as duas imagens são de Alan Kurdi. Os facilitadores deverão contar a história desta criança síria que foi encontrada e fotografada morta numa praia da Turquia, abordando os seguintes momentos da sua vida:
- Nasceu na cidade de Kobani na Síria e era de origem curda. O seu núcleo familiar era composto por um pai, uma mãe e dois filhos sendo Alan o filho mais novo;
- A sua família moveu-se entre várias cidades no norte da Síria fugindo à guerra civil e ao autoproclamado Estado Islâmico;
- Posteriormente tentam asilo no Canadá onde o pai de Alan tem uma irmã porém o governo recusa o pedido;
- Tentam então chegar à Europa vindo da Turquia para a ilha grega de Kos – compram para toda uma passagem num bote sobrelotado no dia 2 de Setembro de 2015. O barco naufraga morrendo, para além do Alan, a sua mãe e irmão.
[duração 20 minutos]
Momento #2
Cada argumento é escrito individualmente numa folha de papel (preferencialmente A5) que representa metaforicamente um tijolo de um muro de discriminação. Posteriormente cada folha é colocada na parede formando um muro criando que tapa a foto de Alan.
[20 minutos]
Momento #3
No final, procede-se para um momento de partilha e debate sobre o que foi abordado na sessão.
[10 minutos]
Notas
- No momento de criação do muro, este muro pode ser criado numa porta colocando a foto de Alan que depois é tapada pelo muro. A porta representa a ideia de acesso a um espaço e este simbolismo não precisa de ser explicitado obrigatoriamente pelos facilitadores;
- Esta atividade pode ter um impacto emocional muito forte em alguns participantes – é importante que o facilitador esteja atento ao estado emocional dos participantes. Caso aconteça uma situação de instabilidade emocional em algum dos participantes é importante que o facilitador aborde o participante em questão e lhe dê o apoio necessário.
- Sugere-se que haja uma atividade de aquecimento de grupo que preferencialmente aproxime os facilitadores dos participantes sabendo o nome dos participantes e que quebre o gelo.
Recursos e Materiais
- Fotos do Alan Kurdi [ver hiperligação]
- Folhas de papel A5
- Fita-cola e massa adesiva
- Vídeos [ver hiperligação]